A deputada estadual Estela Bezerra esteve na última quarta-feira (20) no município de Cuité, para discutir a autonomia feminina e as políticas públicas para as mulheres na abertura do I Seminário Multisetorial de Políticas Públicas para Mulheres, que reuniu 150 participantes de todas as regiões do estado.
Estela afirma que é necessário que as mulheres estejam presentes nas discussões e debates sobre políticas públicas, já que suas demandas são diferenciadas, e considera que a participação das mulheres nos espaços de poder ainda é tímida, apesar das conquistas dos últimos anos.
“O que conquistamos ainda está distante do que queremos e do que precisamos, mas já avançamos muito” disse a deputada, reafirmando as dificuldades da presença das mulheres nos espaços de representação.
“A porta que leva uma mulher ao poder é muito estreita, e começa com a falta de autonomia das mulheres, que ainda não exercitam sua liberdade de escolha; além das jornadas triplas de trabalho, que tiram das mulheres o tempo e a disposição para estudarem, pesquisarem e se comprometerem com causas que estejam fora da esfera familiar”, afirmou.
Mikaelle Macedo, do Núcleo de Extensão de Desenvolvimento Territorial – NEDET, e que promove o seminário, afirmou na ocasião que o encontro tem o objetivo de despertar nas mulheres, principalmente as mulheres do campo, o desejo de se impor enquanto cidadãs.
“Nosso foco principal é a importância desse público conhecer seus direitos e quais as políticas públicas que possam beneficiá-las”. O NEDET é um programa ligado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, CNPQ e entidades de ensino superior.
Para a consultora em gênero do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Sandra Maria, a autonomia das mulheres passa pela organização política e social, autonomia econômica e financeira, e liberdade de ação e pensamento, e dentro de uma organização de trabalho justa entre gêneros.
A abertura ainda contou com a presença de Gilberta Soares, secretária da Mulher e Diversidade Humana do Governo do Estado, que falou sobre o papel da gestão nas políticas públicas e a necessidade das articulações das entidades em defesas das mulheres e o estado enquanto instituição.
Ana Cristina, 35 anos, que veio com a comitiva da cidade de Sousa, resumiu em poucas palavras o pensamento comum à todas as participantes.
“A autonomia começa na nossa cabeça, e a partir daí, podemos levar essa liberdade de ação e pensamento para outras esferas da nossa vida, mas tudo precisa começar em nós.”
Assessoria
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